sexta-feira, 25 de setembro de 2009
Confissões de mãe
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Tô viva!
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Não é fácil
Trabalho a 75km da minha casa. Saio às 6h30 e chego às 18h30. Isso mesmo! Passo 12 horas longe do meu filho. Quando chego em casa, a única coisa que quero é ficar com ele, beijá-lo, abraçá-lo, curti-lo ao máximo. São tão pouquinhas horas que não me permito fazer outra coisa além de paparicar o Aharon. Além disso, quando chego ainda vou dar banho nele (ele toma banho comigo), mamadeira, colocar para dormir...
Sempre conto com a ajuda do meu maridão, que é nota 1000, e da minha mãe, mas mesmo assim as coisas mais simples, como arrumar uma gaveta, separar papéis, lavar o cabelo (sim! porque depois de lavar tem que escovar!), trocar aquela roupa que não ficou bem, ou ainda, fazer unha ou sobrancelha, tornaram-se missões complicadíssimas.
Deixo para o final de semana, e ainda sim não consigo. Tenho que fazer escolhas. Escovar o cabelo ou arrumar o guarda-roupa? Fazer a unha ou ir trocar o sapato? Ir no ensaio ou trocar o oléo do carro? Soma-se a isso o fato do Aharon ainda acordar umas duas vezes por noite. É tão difícil e cansativo. Vai me dando uma agonia acumular coisas para fazer... Ainda mais quando olho para as mãos e estão horríveis e o cabelo sujo! Ai, me sinto horrorosa!
Decidi que ficar reclamando não vai resolver, nem muito menos ficar me sentindo coitadinha. Ajuda é o que preciso. Vou tentando me organizar, administrar melhor o tempo (se é que é possível), delegar mais... Nem sempre consigo. Passei algumas semanas sem saber o que era uma manicure e quase um mês sem fazer a sobrancelha (já estava quase me candidatando ao papel do lobisomem!).
Combinei com uma cabeleireira para fazer meu cabelo em casa, à noite, uma vez por semana. Assim, sobra mais tempo no final de semana para o Aharon. Também combinei com a manicure, mas ela não faz unha legal (me machucou!). Vou tentar conseguir outra.
E, assim, vou levando
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Como irritar uma grávida
Costumo dizer que o mundo trata muito bem as grávidas. Pelo menos, comigo era assim. As pessoas sorriam para mim na rua (gente que eu nunca tinha visto antes!), eram gentis, prestativas, educadas. Em resumo: Me mimavam mesmo, e eu amava. Achava uma delícia receber tanta atenção e cuidado.
Porém, independente do estado em que nos encontramos, sempre temos que lidar também com gente mal-educada, indelicada e sem noção. Graças a Deus, encontrei pouquíssimas pessoas assim na minha gestação, mas, conversando com outras grávidas e lendo sobre o assunto, descobri cada coisa absurda que resolvi listar para vocês.
Portanto, se você não quiser irritar uma grávida, nunca, jamais, em tempo algum, faça perguntas ou comentários como:
1) "Puxa! Você engordou bastante, né?".
Dá vontade de dar um soco no meio do rosto de uma pessoa que fala isso. Sugestões de resposta: "O que você tem a ver com isso?". Outra: "Vai arrumar o que fazer!". Por fim: "Me deixa em paz!".
2) São dois? Por que você tá imensa!
Gente, o pior é que tem gente que fala isso! Graças a Deus não ouvi, mas se fosse comigo... Responderia algo como: "Não. São 10!". "Por que quer saber? Vai comprar o enxoval?". "Pelo menos, para mim ainda tem jeito, afinal posso emagrecer depois da gravidez e você??? (ótima! hehehe)".
3) Tá ficando rechonchuda, hein?
"Não! Estou grávida. Só isso".
4) Vi uma foto sua na internet e fiquei assustada em ver como engordou.
"É mesmo? Poxa, pensei que você tinha mais o que fazer do que ficar fuxicando minha vida na net". Outra: "Pois é. Também estou assustada em como você envelheceu nos últimos tempos. Está passando por algum problema?" hehehehe.
5) Quantos quilos você engordou?
Curta e direta: "Não é da sua conta".
6) Tá inchadona, né?
Ai, cansei.
etc, etc, etc.
Se, pelo contrário, quiser deixar o dia da gestante mais feliz, diga:
1) Meu Deus! Você está magrinha, só engordou a barriga!
(amaaavvvaaa essa!!! rsrsrs)
2) Como você está linda grávida!
Resultado: sorrisos, auto-estima elevada e muita alegria.
3) Poxa, se eu fosse você, ficava grávida todo ano, porque está ótima!
Você é muito gentil. Muito obrigada (com carinha corada! rs).
4) Você é a grávida mais linda do mundo!
Essa, geralmente, sai da boca do marido e é recompensada com muitos beijinhos. rs.
Ah, e quando a grávida perguntar: "Tô muito gorda?". Sempre responda: "Que nada! Você só está grávida, uma linda grávida!". Não custa nada e alegra o dia.
sexta-feira, 24 de abril de 2009
A companhia ideal
Não sei se já ouviram, mas muita gente diz que mesmo que você não saiba nada de maternidade e cuidados com o bebê, quando você tem um filho vai saber o que fazer na hora. Bem, isso para mim é uma meia-verdade. Não sei se para os outros funciona, mas acredito que só se aplica lá para os 20 primeiros dias de vida do baby. No meu caso, não sei o que faria se não tivesse minha mãe nesse momento. Ela foi mega-ultra-importante na minha adaptação com o Aharon. Era ela que me acalmava, que fazia carinho em mim, que levantava de madrugada (o meu maridão também) para ficar ao meu lado, me dava comida na boca (frutinhas picadinhas, banana amssada), me dava afago, carinho e segurança. Era ela que me tranquilizava dizendo que tudo ia passar, que eu estava me saindo muito bem, que me ensinou como dar banho, como cuidar do umbigo, com uma segurança e calma, que me fazia pensar que era fácil. Ela não ficava me botando medo, sabe? Tipo: "Ai, cuidado com isso". "Ai, eu não sei fazer isso"... Não! Ela simplesmente pegava, fazia e pronto!
Ela também fazia de tudo para que eu pudesse descansar. Pegava o Aharon e só me fazia acordar de madrugada (quase toda hora) quando tinha certeza de que era fome. Teve até uma noite que ela levou o Aharon para dormir no colchão com ela, para que eu pudesse dormir mais um pouco.
Além de tudo isso, como uma mulher sábia e experiente, ela sabia que certas horas, sorrir era o melhor remédio. Por isso, nas altas horas da madrugada, quando eu estava cansada, com dor nos seios, com sono e tendo que amamentar, e que não tinha mais nada que ela pudesse fazer para aliviar a minha dor, ela saia com uma história engraçada, com uma brincadeira, para me fazer rir. E eu ria e esquecia por um momento daquilo tudo.
Por isso, quando as pessoas dizem que a gente só dá valor aos pais quando tem filho, é verdade. Mas no meu caso, não é porque passei por toda essa trabalheira e dificuldade. Não. Passei a dar muito mais valor pelo que ela fez por mim quando eu mais precisei. Ela me colocou em seu colo, me ninou, me fez lembrar que eu ainda era uma filha e, o mais importante, me ensinou a ser mãe.
Na hora de decidir quem vai ficar com você, escolha alguém que te passe tranquilidade, confiança, segurança e carinho. É disso que você mais precisará. Uma pessoa insegura, medrosa, que critica tudo o que você faz e que se apavora a qualquer chorinho do bebê, só vai te deixar ainda mais angustiada e vai atrapalhar sua adaptação. Nesses casos, é melhor ficar sozinha com o baby.
segunda-feira, 23 de março de 2009
Os 15 primeiros dias

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
O Parto - Parte 2

Depois que o médico me examinou e disse que eu já ia ficar internada para ter o bebê, pedi para o Alessandro ligar para minha cunhada urgentemente.
Eu: "Amor, eu preciso de uma mulher aqui para secar meu cabelo. Por favor, liga para a Ana". rs
Ele: "Fala sério, amor. Tu tá pensando nisso agora?!".
Eu: "Amor, por favor, não questiona, faz isso para mim".
Rapidinho chegou a Ana. Ela estava ali por perto. Já estava no quarto me preparando, quando ela chegou e fui logo entregando o secador na mão dela. Começamos o serviço, mas toda hora tínhamos que parar, por causa das contrações que viam e iam. Quando a dor aliviava eu pedia: "Continua, Ana, vai". rsrsrsrs. Nesse meio tempo, chegou o rapaz para me levar na maca para o centro cirúrgico. Ele teve que esperar um pouquinho porque a escova não tava pronta.
rsrs.
Bem, no quarto, o serviço da Ana foi finalizado. rs. Chapinha no cabelo e maquiagem na mamãe para sumir com as olheiras. rs. A enfermeira entrou e tomou um susto: "Meus Deus! Você é uma grávida realmente bem diferente! Já tá toda bonitona aí. rs". E ficou rindo. E eu: "Pois é. Não quero que o Aharon se assuste quando me ver" rs.
No dia seguinte, de manhã, tive alta e voltei para a casa com meu menino no colo.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
O Parto - Parte 1
Eu estava entrando na 39ª semana naquele dia. Era uma sexta-feira. A data prevista para o meu parto, segundo meu médico, era dia 2 de dezembro (dia do meu aniversário de casamento), mas eu sempre soube que o Aharon viria antes. Quando as pessoas perguntavam: "Pra quando é?", eu respodia: "Depois do dia 20 de novembro".
Era dia 21 de novembro. Acordei às 6h para ir ao banheiro. Na volta para cama, comecei a sentir cólicas. Fiquei na minha. Às 7h, Alessandro acordou e eu pedi para que ele espereasse um pouco antes de sair para trabalhar porque já estava tendo cólicas há uma hora.
Ele tomou café e trouxe na cama para mim banana amassada (!!! Eu amoooo!!!), café com leite e um pãozinho francês com mateiga (amooooo muito tudo isso!). Nessa altura, comecei a monitorar a frequência das cólicas (na verdade, eram contrações, mas para mim, apenas cólicas). Estavam vindo de sete em sete minutos. Depois, de cinco em cinco. Por fim, de quatro em quatro. Então, decidi tomar banho (toda grávida cisma de tomar banho antes de ir ter neném. Por que será?).
A minha idéia era lavar os cabelos e fazer uma escova antes de ir para o hospital. Mas eis que no meio do banho, o líquido da bolsa começou a sair. Pedi para o Alessandro ligar para o médico. Ele começou a se desesperar (rsrsrs). O médico pediu para irmos ao hospital imediatamente. E, eu, pasmem, comecei a me desesperar ao perceber que não ia dar tempo de secar meu cabelo (! rs). Sério! Pensava: "Ah, não! Isso não! Cabelo horroroso logo no dia mais especial da minha vida é covardia"! rs.
Tinha imaginado tanto esse dia. A bolsa do bebê e a minha já estavam preparadas, o quartinho arrumado, a casa quase toda no esquema e justo o meu cabelo ia ficar horroroso? Como assim? Não ia querer olhar as fotos da maternidade nunca! rs.
Saí do chuveiro e enquanto estava me arrumando, a bolsa estorou de vez! O líquido, ploft!, caiu no chão e aí começou a parecer que o Alessandro é que iria parir! rs. Ele ficou nervosão! Comecei a orientá-lo: "Amor, coloca a mala do bebê no carro! A minha mala também! E, por favor, vai lá no banheiro e pega o secador, a escova de cabelo e a... chapinha!". O Alessandro: "O quê???". Eu: "Isso mesmo, amor. Não questiona. Por favor, vai lá, pega e coloca no carro". rs.
O kit todo no carro, fomos para a maternidade.
Meses depois...
Acho melhor pular a fase da gravidez. Aos poucos, a medida que achar interessante, relembro aqui alguma coisa da gestação. Quero mesmo é falar do pós-parto, que acho que muito pouco se fala e foi onde tive muitas surpresas.
Enfim! Vamos lá!
Bjnhs
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Positivo!
Em março de 2008, fizemos a viagem de nossas vidas: um tour por alguns países da Europa (França, Itália, Suiça, Alemanha, Inglaterra e uma passadinha por acidente na Áustria). Foi maravilhoso! De carro, percorremos lugares lindos e inacreditáveis.
Na ida, brinquei com o Alessandro: "Já imaginou se eu volto grávida?! Ia ser legal lembrar dessa viagem assim". Parecia uma profecia!
Lembro que no Dia D, em Veneza, na Itália, o Alessandro me disse: "Amor, hoje você ficou grávida e vai ser um menino". Achei que ele estava brincando (na verdade, fingi, porque ele falou com tanta certeza que eu acreditei mesmo! rs). Continuamos nosso tour sem "encanar" com a possibilidade. Seguimos para a Suiça, Alemanha, Inglaterra e, terminamos a viagem em Paris, na França.
De volta para casa, chegamos no Brasil numa sexta-feira. Minha menstruação era para vir no sábado. Esperei e... nada. Passou o domingo e... nada! rs. De noite, falei com o Alessandro: "Amor, olha só, está atrasada! rs. Vamos esperar até amanhã. Se não vier, fazemos o teste de farmácia na terça, pode ser?". Ele topou.
Aqui, quero abrir um parentêses. Tem muita gente que me pergunta se eu fiz alguma surpresa para o Alessandro, do tipo, pegar o resultado sem ele saber, comprar sapatinhos de bebê... Sei lá! Acho legal sim fazer surpresa. Mas eu e ele temos o costume de falar tudo um para o outro que eu não queria ficar com aquela ansiedade só para mim. Não achei que eu tinha esse direito (nem queria!). Eu queria compartilhar com ele tudo. Estando ou não grávida, entendem?!
Voltando a história... Na terça pela manhã, às 6h, acordei ele para ir comigo ao banheiro fazer o exame. Tirando todo malabarismo que é para fazer, coloquei a tirinha no potinho e esperamos cinco minutos sem olhar para o negócio. Lá,lá,lá. Os dois disfarçando a ansiedade. rs
Depois, pedi para ele conferir.
DUAS LISTINHAS !!!
POSITIVOOOOOOOOOOO!!!!
O Alessandro ainda ficou falando: "Mas tá clarinho". E eu: "Mas, amor, aqui tá dizendo que independente da coloração, se aparecer duas tirinhas é positivo!".
Liguei para o médico e marquei o exame de sangue para o mesmo dia. Fiz e tentamos nos distrair ao longo do dia (até parece que aquilo saia da minha cabeça!rs). À tarde voltamos para buscar o resultado. Os dois com aquela carinha que todo mundo percebia que tipo de exame tinha sido feito. rs.
Quando a moça me deu o resultado, agradeci (me controlando para não rasgar tudo ali na frente dela), dei as costas e sentei para abrir com o Alessandro.
Eu pensava que vinha escrito POSITIVO ou NEGATIVO. Na verdade, podia vim assim: "PARABÉNS! VOCÊ ESTÀ GRÁVIDA!". Que nada! Era um monte de taxas que eu e ele não entendíamos. E as moças do atendimento só olhando (acho que deve ser o tipo de resultado mais legal de se entregar, né? Elas estavam com aquelas caras de meninas apaixonadas, sabe? rs). Voltei e perguntei: "Moça, eu não tô entendendo!". Ela: "Você quer ou não estar grávida?". Eu: "Quero sim!". Então, ela me respondeu: "Parabéns! Você está".
Pausa para meus olhos que ficaram cheios de lágrimas agora. De verdade!
Arregalei os olhos, virei para o Alessandro, dei a mão, me controlando para não fazer escândalo ali (me arrependi! Acho que elas já estão acostumadas com esses escândalos de mãe!) Minha vontade era de pular, gritar...
Quando viramos na porta, fizemos a festa. Nos abraçamos, felizes, com os olhos marejados... parecia que não era verdade de tão bom. Que alegria! A gente se olhava e só ria um para o outro. Não falava nada. Só ria.