sexta-feira, 24 de abril de 2009

A companhia ideal

Ela me ensinando a dar banho no Aharon

Não sei se já ouviram, mas muita gente diz que mesmo que você não saiba nada de maternidade e cuidados com o bebê, quando você tem um filho vai saber o que fazer na hora. Bem, isso para mim é uma meia-verdade. Não sei se para os outros funciona, mas acredito que só se aplica lá para os 20 primeiros dias de vida do baby. No meu caso, não sei o que faria se não tivesse minha mãe nesse momento. Ela foi mega-ultra-importante na minha adaptação com o Aharon. Era ela que me acalmava, que fazia carinho em mim, que levantava de madrugada (o meu maridão também) para ficar ao meu lado, me dava comida na boca (frutinhas picadinhas, banana amssada), me dava afago, carinho e segurança. Era ela que me tranquilizava dizendo que tudo ia passar, que eu estava me saindo muito bem, que me ensinou como dar banho, como cuidar do umbigo, com uma segurança e calma, que me fazia pensar que era fácil. Ela não ficava me botando medo, sabe? Tipo: "Ai, cuidado com isso". "Ai, eu não sei fazer isso"... Não! Ela simplesmente pegava, fazia e pronto!
Ela também fazia de tudo para que eu pudesse descansar. Pegava o Aharon e só me fazia acordar de madrugada (quase toda hora) quando tinha certeza de que era fome. Teve até uma noite que ela levou o Aharon para dormir no colchão com ela, para que eu pudesse dormir mais um pouco.
Além de tudo isso, como uma mulher sábia e experiente, ela sabia que certas horas, sorrir era o melhor remédio. Por isso, nas altas horas da madrugada, quando eu estava cansada, com dor nos seios, com sono e tendo que amamentar, e que não tinha mais nada que ela pudesse fazer para aliviar a minha dor, ela saia com uma história engraçada, com uma brincadeira, para me fazer rir. E eu ria e esquecia por um momento daquilo tudo.
Por isso, quando as pessoas dizem que a gente só dá valor aos pais quando tem filho, é verdade. Mas no meu caso, não é porque passei por toda essa trabalheira e dificuldade. Não. Passei a dar muito mais valor pelo que ela fez por mim quando eu mais precisei. Ela me colocou em seu colo, me ninou, me fez lembrar que eu ainda era uma filha e, o mais importante, me ensinou a ser mãe.
Na hora de decidir quem vai ficar com você, escolha alguém que te passe tranquilidade, confiança, segurança e carinho. É disso que você mais precisará. Uma pessoa insegura, medrosa, que critica tudo o que você faz e que se apavora a qualquer chorinho do bebê, só vai te deixar ainda mais angustiada e vai atrapalhar sua adaptação. Nesses casos, é melhor ficar sozinha com o baby.

Acabada de cansada, no sofá, coitada!